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Campo Grande, domingo, 31 de dezembro de 2023.
Antes da prótese, Raísa usava chinelos crocs e se movimentava por todos os lugares com muita segurança (Foto: Divulgação)
Depois de anos caminhando com uma sandália “Crocs”, Raísa Jara Gomes, de nove anos, recebeu sua primeira prótese personalizada de Mulher-Maravilha e caminhou pela primeira vez no Centro Especializado em Reabilitação da APAE de Campo Grande (CER/APAE), localizada na Vila Progresso, no bairro América, na região do Anhanduizinho.
Há um mês ela recebeu a prótese e retornou à unidade da APAE/CG para fazer ajustes, como aumentar a altura.
Natural da cidade de Coronel Sapucaia, localizada na região sudoeste e distante da Capital de MS a 460 quilômetros, Raísa nasceu com foquismo (malformação congênita), em que ocorrem alterações no desenvolvimento embrionário resultando em modificações estruturais e funcionais. Diante da malformação congênita, ela tem amputação bilateral, quando dois membros de uma mesma pessoa são amputados e precisou de prótese exoesquelética transfemural.
Conhecendo a história da família e, principalmente, a força de vontade da Raísa em andar, o Auxiliar Técnico Ortopédico do CER/APAE, Dorival Daikon Vilalta, sensibilizado, decidiu, não somente fazer a prótese, mas, a personalização dela com a imagem da “Mulher-Maravilha”, uma super-heroína, forte e guerreira, toda poderosa em virtude da sua inteligência, competência e independência (autonomia).
Sempre protegida pelo pai Leonildo, que não conteve a emoção, Raisa ensaia agora os primeiros passos com a prótese (Foto: Divulgação)
“O caso da Raísa mexeu muito com a equipe. A escolha da “Mulher-Maravilha” foi devido à história de superação dessa guerreira. É assim que vejo essas crianças e aprendo com elas todos os dias, a superar todos os obstáculos”, explicou Dorival Daikon.
Dando os seus primeiros passos com a prótese, Raísa emocionou toda a equipe da unidade da APAE de Campo Grande e principalmente, o pai, Leonildo Lopes Gomes, que é o seu maior incentivador. “Fico muito emocionado em ver pela primeira vez a minha filha assim. Ela acorda, levanta para escovar os dentes e já me pede para colocar as próteses e fica andando. Estamos contentes por termos conseguido. A APAE mudou completamente a nossa vida”, afirmou.
Pai de quatro filhas, Leonildo conta que a caçula Raisa é muito querida, amada e paparicada por toda a família. “No dia que chegamos, (de volta à residência), ela já foi pedindo para a irmã pintar as unhas da prótese”, disse, demonstrando muita alegria pelo presente e emoção pelo fato de agora estar vendo a filha dando os primeiros passos, rumo à independência pessoal.
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